Barco serviu de suporte para mergulhadores da BM retirarem corpo de dentro do Guaíba

por Lara Ely

Para resgatar o corpo do jovem Yuri Cabral Bottaro, que tombou dentro de um carro da Ponte do Guaíba na manhã desta quarta-feira, o Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros pediu ajuda da CatSul, empresa que realiza transporte hidroviário entre Porto Alegre e Guaíba. A solicitação foi feita porque as duas embarcações do Corpo de Bombeiros, que poderiam ter sido empregadas na ocorrência, estavam fora de operação — uma em revisão e a outra em conserto.

 

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A informação é do comandante do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, o major Roberto do Canto Wilkoszymske. Como o acidente ocorreu no canal onde navegam grandes embarcações, explica o oficial, a operação se tornaria arriscada se fossem utilizados apenas os únicos dois botes disponíveis no momento.

— O local era perigoso para ficar com embarcação pequena. Os barcos grandes que passam por ali poderiam não ver os mergulhadores. Pedimos que o Catamarã ficasse no local para impedir a passagem de embarcações de médio e grande porte — explica ele.

De acordo com o major Canto, o catamarã serviu também de base de operações, reunindo as ampolas e cilindros de ar dos mergulhadores, que atuaram a 30 metros das margens e a 10 metros de profundidade.

Dos quatro barcos da corporação, uma embarcação nova estava em revisão de rotina do motor e outra permanecia m conserto no estaleiro. Ambas medem 6,6 metros de comprimento.

 

 

— Deu uma triste coincidência, que felizmente não comprometeu a operação. Mas foi uma pena acontecer essa ocorrência justamente hoje, quando nossos barcos não estavam aqui. Não é todo dia que um carro cai da ponte _ disse o major Canto.  

De acordo com a CatSul, o Catamarã foi cedido quando os bombeiros solicitaram auxílio para a estabilização da base de mergulhadores:

— Nosso barco estava a caminho da manutenção, na Ilha dos Marinheiros, e parou para prestar ajuda — diz o diretor da empresa, Carlos Bernaud.

Para o tenente-coronel da reserva e presidente da Associação dos Oficiais da BM, José Carlos Riccardi, ocorreu algo que já era esperado.

— Há tempos alerto sobre a precariedade da estrutura dos Bombeiros. Nos anos 30 estávamos mais preparados para combater uma ocorrência na água do que hoje.

Assista aos vídeos no link abaixo do site oficial da notícia:

Fonte:zh.clicrbs.com.br