O subcomandante do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE), coronel BM Gilfran Mateus, reuniu-se, na manhã da sexta-feira (03), no quartel central de Aracaju/SE, com o diretor operacional da corporação, tenente-coronel BM Fábio Cardoso; o presidente da Confederação Brasileira de Apicultores (CBA), José Soares de Aragão Brito e o presidente da Federação Apícola de Sergipe (Fapise), José Ivanilson Tavares. O objetivo foi formalizar uma parceria entre as instituições para que apicultores interessados auxiliem na captura de abelhas ou colmeias formadas em residências e vias públicas, trabalho comumente realizado pelos bombeiros.
Somente no primeiro semestre deste ano, o CBMSE atendeu 549 chamadas para controle de insetos, o que representa 11,5% do total de ocorrências registradas no período. De acordo com o coronel Mateus, as tratativas seguem no sentido de viabilizar a correta e segura retirada dos enxames por especialistas no assunto, sem que seja necessário deslocar as equipes operacionais de resgate e salvamento para este tipo de atividade, exceto em casos que apresentem riscos aos apicultores, tais como abelhas em postes e fiação elétrica.
“Temos hoje uma quantidade elevada de ocorrências relacionadas a insetos, principalmente abelhas e marimbondos. Nós temos atendido esse tipo de ocorrência com as guarnições e viaturas destinadas a salvamento e combate a incêndios. Com essa nossa proposta, não será necessário o bombeiro se deslocar até o local para fazer a captura desses insetos. Podemos manter contato com um dos apicultores parceiros e ele ir até o local e efetuar a captura, com suas próprias técnicas e habilidades”, diz o subcomandante.
A ideia é que, além dos apicultores, a parceria estenda-se aos cursos do Instituto Federal de Sergipe (IFS) na área de agropecuária que fazem trabalhos relacionados às abelhas. Uma nova reunião foi marcada para o dia 20 deste mês, para dar encaminhamento às tratativas. “Nossa intenção também é espalhar caixas isca, para que diminua a quantidade de chamados para o bombeiro e proteja mais os apicultores, pois assim pegamos a abelha dentro da caixa, sem problema. Quando se vai para a captura, corre-se mais riscos, principalmente para quem tem alergia à picada. O ideal é preparar o apicultor e só chamar o bombeiro em último caso.”, ressaltou o presidente da Fapise, José Ivanilson.
Segundo o presidente da CBA, José Soares, é preciso ficar atento, pois nesta época do ano acontece uma maior incidência de enxames no litoral sergipano. “O motivo desse aumento se dá porque as abelhas estão à procura de alimento. Com a seca no interior durante o verão, as abelhas vêm buscar alimento nos mangues. Por isso ocorre sempre um aumento de casos nos meses de novembro e dezembro. E em 2017 os enxames tendem a ser ainda maiores do que nos últimos anos, por conta das chuvas abundantes deste ano, que afloraram as flores e plantas, atraindo as abelhas”, explica.
SSP – Com informações da Ascom CBM/SE