Aqueles que prestam socorro, pedem socorro!
Os Bombeiros Militares do Estado do Rio Grande do Sul estão enfrentando inúmeros problemas, devido a sua falta de estrutura, efetivo e devidas condições de trabalho, os quais prejudicam diretamente o atendimento à sociedade.
Atualmente, a instituição conta com aproximadamente 2.300 homens atuando nas áreas de combate a incêndios, segurança contra incêndio, buscas, salvamentos e atividades de defesa civil.
São mais de 350 municípios que não contam com quartéis de Bombeiros do Estado, prejudicando diretamente a fiscalização e a liberação de alvarás, afastando empresas para outros Estados, e consequentemente, deixando de gerar empregos e arrecadar para os cofres do Estado, sem contar que a estrutura precária coloca diariamente em risco a vida do cidadão e do próprio bombeiro.
Com a chegada do verão, a população merecidamente viaja para o litoral para aproveitar as férias com seus familiares, porém uma pergunta sempre é feita nesta época:
“Será que teremos Salva-Vidas e equipamentos para salvar os banhistas em risco? ”
É comprovado cientificamente que a região sul do nosso país é a maior concentradora de desastres naturais, como vendavais, enchentes, deslizamentos de terra e que os eventos climáticos desta magnitude a cada ano serão agravados, portanto perguntamos novamente:
“ Qual a política de Segurança Pública e de Defesa Civil planejada pelo governo?”
Já se passou um ano de governança e muitas vidas foram perdidas pela inércia e descaso do atual governo. O Corpo de Bombeiros Militar já esta legalmente emancipado pela Emenda Constitucional 67/2014, somente aguardando a simples tarefa do Poder Executivo em encaminhar as Leis que Estruturantes da Corporação, que consequentemente permitirá um melhor atendimento para a sociedade gaúcha, entretanto, não ocorreu nada até o momento.
Uma nova pergunta pode ser feita, porém agora com uma possível e inaceitável resposta:
“ O quê falta para o governo começar a olhar para o Corpo de Bombeiros? Uma nova tragédia na Reserva Ecológica do Taim, ou no Mercado Público, ou ainda um outro episódio como a Boate Kiss?
Infelizmente, este cenário irá se agravar com a série de projetos que o governo vem apresentando, os quais atacam diretamente o servidor público, interferindo diretamente na qualidade da prestação de serviços, podemos citar como exemplo, além da não apresentação das Leis Estruturantes da Corporação as seguintes situações:
- Não chamamento dos 571 Bombeiros aprovados;
Aumento do tempo de serviço para quem exerce atividade insalubre e periculosa;
Não cumprimento do direito à promoção na carreira;
Parcelamento de salários;
Sobre-carga de tarefas devido à falta de efetivo, bem como o corte de horas-extras;
Projetos que vetam investimentos na Segurança Pública.
Não queremos assustar os cidadãos gaúchos, pelo contrário, queremos alertá-los quanto à triste realidade que todos nós estamos vivendo e convidá-los para se unirem aqueles que dão a vida pelo povo deste Estado.
Unidos em um só corpo, Corpo de Bombeiros!