As praias do litoral paulista recebem milhares de turistas durante todo o ano e, na temporada de verão, o fluxo se intensifica. Cerca de 20 milhões de pessoas são atendidas pelo Corpo de Bombeiro Marítimo (GBMar) de dezembro a janeiro, entre as praias de Ubatuba e Ilha Comprida. Com isso, o número de afogamentos também cresce nesta época do ano.

Em 2018, foram registradas 95 mortes por afogamento em todo o litoral, e faltando um mês para acabar o ano, 2019 já bateu esse número. Para garantir a segurança dos banhistas, o tenente do GBMar Alberto Dos Anjos Guimarães conversou com o G1 e deu dicas para evitar acidentes.

 

Segundo ele, a primeira indicação é que o banhista procure por um guarda-vidas antes de nadar em um local desconhecido, pois o profissional o orientará sobre os locais mais seguros da praia para ficar. “As regiões costeiras, próximos a pedras, píeres e embocaduras de rios, são locais de onde as pessoas devem se manter afastadas, já que é sempre lá que os afogamentos ocorrem, pois são correntes de retorno”.

É importante que as pessoas verifiquem a sinalização de placas posicionadas nos pontos mais críticos, já que alertam para as zonas de perigo. Outro ponto que a o tenente destaca é o consumo de bebidas alcoólicas antes de entrar no mar, principalmente, porque podem reduzir a coordenação motora e causar certa sonolência. “Isso acontece bastante. É muito comum a pessoa se afogar após beber. A ingestão de álcool diminui os reflexos de quem bebeu e acaba deixando-a mais propensa a se afogar”.

Os objetos flutuantes durante a brincadeira na água também são fatores de riscos para os banhistas, pois podem ser facilmente arrastados pelo correnteza, conforme explica o tenente. “As boias e colchões infláveis são muito usados nas praias. Esses objetos acabam transmitindo uma falsa sensação de segurança”, afirma. Ele indica o uso de boias apenas para situações de risco.

Caso o banhista ignore todas as medidas de segurança e caia em uma corrente de retorno, Alberto indica que ele mantenha a calma e não tente nadar contra a correnteza ou em direção a areia. “O ideal é seguir sempre no sentido paralelo a praia ou pedir ajuda de um guarda-vidas”, finaliza.