A mãe de uma menina de apenas um mês de vida passou por momentos de desespero ao ver a filha engasgar com o próprio vômito e quase perder os sentidos, em Santos, no litoral de São Paulo. Ela conseguiu salvar a criança após ligar para o Corpo de Bombeiros e receber orientações. Uma gravação do telefonema revela os instantes de angústia, as instruções e o posterior alívio.

Segundo a comissária de voo Carolina Simão Abre, mãe da pequena Giovana, o incidente ocorreu durante o banho da menina. Elas estavam sozinhas em casa, pois o marido havia viajado a trabalho.

“Eu estava lavando as costas dela, quando ela começou a bater as perninhas. Como ela costuma gostar dessa posição, eu achei estranho, e quando eu virei, ela estava roxa. Foi quando vi que ela estava engasgada com o refluxo”, lembra.

Carolina ainda tentou resolver a situação sozinha. “Pelo meu instinto materno, como tenho curso de primeiros socorros, eu mesma tentei desengasgá-la, mas não consegui. Como já havia passado uma eternidade, eu resolvi ligar para os bombeiros”, conta.

Quem atendeu a ligação foi o cabo Marco Aurélio, que percebeu a gravidade da situação e passou o telefone para o subtenente Ednaldo Alves Paiva. Na sequência, o cabo pegou uma viatura e se dirigiu com uma equipe ao endereço de Carolina, enquanto o subtenente passava as orientações à mãe para desengasgar a criança.

“Eu comecei a falar com ela, percebi a situação e usei os modos protocolares para obter êxito na ocorrência”, explica Paiva.

Na gravação do telefonema, é possível perceber o desespero de Carolina, que chora enquanto conversa como o oficial. Na medida em que ela segue as orientações, ouve-se o choro da criança. Era o sinal de que ela estava desengasgando. Poucos instantes depois, a viatura chegava à casa da família. A menina foi levada para um hospital, por precaução, e passa bem desde então.

Depois do susto, os pais da criança foram ao local de trabalho dos bombeiros e levaram Giovana. Eles queriam agradecer pela ajuda e apresentar a menina aos seus “anjos da guarda”.

“Eu só tenho a agradecer aos anjos que ajudaram e trouxeram a vida à minha filha. Que Deus ilumine os dois”, disse o piloto de avião Marcos Paulo Macedo, pai de Giovana.

A emoção também tomou conta dos protagonistas do salvamento da menina. “Toda ocorrência que a gente salva uma vida, não tem explicação, não tem preço, emociona bastante”, diz Paiva.

Fonte: G1 Santos