O Corpo de Bombeiros fez uma parceria com a Associação de Criadores de Abelhas de Palmas para atender casos de enxames de abelhas que surgirem na área urbana. Os ataques desses insetos têm se tornado mais frequentes nos últimos anos.

No início de janeiro, por exemplo, um enxame causou problemas para um grupo que comemorava a chegada de 2023 em uma chácara de Porto Nacional. As ferroadas dos insetos mataram 14 galinhas e feriram cães, além de atacar as pessoas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, em 2021 foram feitos dez atendimentos de ataque de abelhas no Tocantins. Os números de 2022 são menores, mas há muitos casos que acontecem em cidades onde os bombeiros não atendem.

Só em Talismã, na região sul do estado, a Defesa Civil Municipal disse ter feito mais de 40 capturas no ano passado. Segundo a associação dos criadores, o surgimento dos ninhos nas cidades geralmente cresce entre os meses de julho, agosto e setembro por conta das queimadas na zona rural.

Parceria

O Corpo de bombeiros será responsável por receber os casos, verificar e repassar para os apicultores. Também serão disponibilizadas viaturas, equipamentos e servidores, quando necessário, enquanto os criadores vão entrar com a mão de obra e a técnica para a retirada dos ninhos na área urbana.

“Nós precisamos da parceria com eles para que façam a captura e dêem destino adequado às abelhas. A primeira chamada sempre vem para o Corpo de Bombeiros Militar, então vamos verificar in loco e relatar aos associados que, se tiverem interesse em capturar sozinhos, assim será. Ou então, vamos dar apoio, se precisarem, para a retirada dos enxames com segurança”, destacou o tenente-coronel Ciro Cardoso Guimarães Filho, comandante Operacional.

Dez apicultores participaram da reunião com os bombeiros, inclusive de cidades do interior do estado. Em Palmas, a associação conta com 54 criadores cadastrados. “Fica a população mais bem assistida, nós ficamos bem mais seguros no nosso próprio serviço, porque em diversas vezes fizemos resgate em locais perigosos sem o apoio que hoje a gente conseguiu”, afirmou o presidente José Carlos Barbosa da Silva.

Entre as viaturas colocadas à disposição da parceria com os apicultores está a escada hidráulica, que pode chegar a uma altura de 60 metros. Com ela, as equipes poderão acessar os ninhos que se instalarem em árvores grandes ou nas partes altas dos prédios.