Durante a entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira pelo governador do RS, Eduardo Leite, na companhia do seu vice, Ranolfo Vieira Júnior, e do comandante do Corpo de Bombeiros, César Eduardo Bonfanti, foi estabelecida como prioridade a busca aos agentes desaparecidos no incêndio ocorrido no prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Eles foram identificados como tenente Almeida e o sargento Muñoz. Conforme Bonfanti, já há no local equipes especializadas na busca e salvamento de pessoas.
"Já acessamos o prédio logo nas primeiras horas da manhã e estamos com as nossas equipes fazendo buscas. Em seguida, quando for possível, vamos utilizar os cães farejadores que poderão nos ajudar na localização dos dois colegas desaparecidos. Serão quatro equipes para esta última atividade e estamos trabalhando para encontrá-los com vida. Não há relato da localização de corpos", afirmou Bonfanti.
Conforme Bonfanti, o tenente Almeida era quem comandava as guarnições do Corpo de Bombeiros. Já o sargento Munhoz veio de forma voluntária para ajudar no combate às chamas. O comandante do Corpo de Bombeiros relatou que a noite e madrugada de combate às chamas não foram fáceis por conta de se tratar de um incêndio de grandes proporções.
"Tivemos dificuldade inicialmente no combate interno das chamas por causa das características do incêndio. Fomos então para o combate externo, que também foi dificultado pelo tamanho do sinistro", explicou. "A altura e o tempo de construção do edifício também aumentaram a dificuldade do trabalho, mas no caso do prédio da SSP havia duas escadas bem protegidas, o que proporcionou a fuga dos servidores", frisou.
Conforme o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, no momento do incêndio havia de 40 a 50 servidores no prédio da SSP. Segundo ele, os primeiros procedimentos de investigação já foram tomados, como a abertura de um inquérito pela Polícia Civil e também o início de um procedimento administrativo para investigar as causas do incêndio.
Vieira Júnior não acredita em incêndio criminoso, mas salientou que a hipótese não está descartada. "Nada leva a crer que tenha ocorrido um crime. No entanto, neste momento inicial, nada é descartado. Esta hipótese está sendo apurada e o inquérito aberto ficará com o delegado Daniel Ordahi", relatou.
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