A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias do incêndio que consumiu a sede da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), em Porto Alegre, na noite de quarta-feira (14). A própria chefe da corporação, delegada Nadine Anflor, acompanhou o registro durante a madrugada desta quinta (15).
Já estão marcados os depoimentos de quatro servidoras que estavam no prédio quando as chamas começaram. Elas chegaram a tentar combater o fogo com extintores, mas sem sucesso.
A investigação será conduzida pelo delegado Daniel Ordaih, da 17ª Delegacia da Polícia Civil. Ele esteve no local durante a madrugada para os primeiros levantamentos. As servidoras que irão depor são da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), justamente o local onde teria ocorrido o primeiro foco de fogo.
O vice-governador e titular da SSP, Ranolfo Vieira Junior, enfatizou em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta manhã, que tudo será apurado com rigor e transparência, mas que a prioridade no momento é localizar os dois bombeiros que atuaram na ocorrência e que estão desaparecidos.
Conforme o registro policial, o relato inicial das testemunhas é de que as chamas teriam começado no teto do quarto andar do edifício, onde funcionavam instalações da Susepe. O fato colocado na ocorrência, inicialmente, é de "incêndio culposo", mas, como nenhuma hipótese pode ser descartada, a verificação do caso também passará pela possibilidade de incêndio criminoso.
Assim que for possível, devido às condições do prédio, peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) começarão os levantamentos no local.