Uma vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal encontrou uma série de falhas no sistema de prevenção e combate à incêndio no edifício sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na na L4 Norte, em Brasília. Uma das irregularidades é a existência de extintores vazios ou fora do prazo de validade.

O Ibama foi notificado por "instalar ou manter o sistema de proteção contra incêndio e pânico sem projeto devidamente aprovado pelos bombeiros", o que contraria a lei. O instituto disse que até dezembro fará as correções determinadas pelo Corpo de Bombeiros.

A inspeção ocorreu após uma denúncia de que a Fiscalização Ambiental mantinha um paiol repleto de armas e munições, sem qualquer medida de segurança, colocando em risco a integridade do patrimônio e das pessoas que circulam pelo local. No entanto, segundo os bombeiros, essa denúncia não foi comprovada.

Conforme os militares, o Ibama também não apresentou o laudo do teste de Aterramento do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas. Além disso, o órgão não tem Plano de Prevenção e Proteção de Combate a Incêndio aprovado pelos bombeiros.

Três meses sem respostas

A vistoria dos bombeiros ocorreu em maio, e o Ibama tinha 30 dias para resolver. Quase três meses depois, as irregularidades continuam.

O órgão pediu mais tempo, e o Corpo de Bombeiros estendeu o prazo para a apresentação dos laudos e documentos, que comprovem que o edifício sede é seguro contra incêndios, até dezembro.

Segundo o engenheiro especialista em segurança contra incêndio e pânico, Julio Brito, o prédio pode até ser interditado se não cumprir as determinações.

"Ignorar o esforço de fiscalização dos bombeiros, e manter os equipamentos de proteção contra incêndio em desacordo com a lei, manter extintores descarregados, com data de validade vencida, é, no mínimo, irresponsável", diz o engenheiro.